domingo, 24 de abril de 2016

Então é isso...

 Hoje faz exatamente dois meses que realizei meu maior sonho, e atingi o objetivo principal deste blog: Eu fui a um show dos Rolling Stones. Não um show, mas três. Eu acompanhei os veteranos do Rock and Roll pelo Brasil durante a Olé Tour, e chorei descontroladamente em todas as vezes que vi a maior banda do mundo na minha frente.



  Eu vi os shows em Rio de Janeiro e São Paulo, e como eu era um dos primeiros da fila, apareci na tv algumas vezes, dei entrevistas e apareci em jornais e sites que falavam sobre os shows. Mas o que chamou mesmo atenção, foi o beijo que dei em Liz, na fila do Estádio Morumbi, enquanto estava chovendo e nos vimos pela primeira vez. A cena no beijo esteve no jornal Estadão, na matéria da UOL e na cobertura da Globo News.




  A banda Ultraje a Rigor abriu o show dos Stones no Rio de Janeiro, e os Titãs abriram em São Paulo, e depois de uma introdução fantástica nos telões, os Stones subiram no palco para duas horas e meia de clássicos. Eu cantei e dancei descontroladamente.

  Curti o show ao lado de vários amigos, e de Bianca e Beatriz, que me acompanharam na turnê do Elton John, e no Rock in Rio poucos anos antes


  Eu não vou contar muitos detalhes aqui, afinal, isso é uma despedida. Eu filmei essas viagens e várias partes do show, e resolvi criar um canal. O objetivo deste blog já foi cumprido: Eu fui a show dos Rolling Stones, e até entreguei um desenho para o baixista da banda. Por tanto não vejo motivo pra continuar postando aqui. Mas eu decidi que ainda não era a hora de parar de fazer o que eu faço de melhor, e continuar brincando de ser jornalista, e criei um canal no YouTube, onde eu vou postar todas as histórias antigas, e as novas também. O nome do Canal é ''Thiago Groening - Roll Over Beethoven'', e eu espero que vocês gostem.

  Clique AQUI para entrar no canal, e por favor se inscreva se você quiser continuar acompanhando essas loucuras todas.

  Obrigado por terem chegado comigo até aqui.  Beijo na alma
  Thiago Groening de Paula

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Retrospectiva 2015

  E como sempre, na retrospectiva, eu posto momentos importantes que aconteceram durante o ano de 2015, que eu não havia postado antes aqui no blog. E foi um ano longo e importante:

  Em 2015 eu fui a ótimas peças de teatro, que eu recomendo sempre. O monólogo ''Uma noite na Lua'' de Gregório Duvivier é um drama atuado só pelo ator. Há quem foi ao teatro esperando para ver uma peça stand up, já que o ator é um dos protagonistas do canal de comédia ''Porta dos Fundos''. A peça é um drama, e eu digo que ultrapassa qualquer expectativa. 
  Assisti também a peça 200 Voltz do comediante Paulo Gustavo, que voltou a Brasília. O ator faz o papel de 5 mulheres. A peça é extremamente bem elaborada, com efeitos de palco, cenários que trocam, trilha sonora, dançarinos, e a participação do amigo Marcos Majela. 
  Mas a melhor peça que assisti em 2015, sem dúvida foi ''A casa dos Budas Ditosos'', por Fernanda Torres. A peça que já está há 10 anos em cartaz é um texto de João Ubaldo Ribeiro, e protagonizada por Fernanda Torres, que faz uma baiana de 70 anos, contando suas aventuras sexuais em um gravador. Eu ri do início ao fim da peça, e saí emocionado de ter assistido. Eu tive que ir a São Paulo pra ver essa peça, porque ela nunca vai a Brasília, e os fãs da capital esperam muito pra ver também. Ficamos na torcida, porque se vier pra cá, eu vou assistir de novo com certeza. 

  Fiz uma parceria com a autora Maria do Carmo, que mora aqui em Brasília também. Eu ilustrei dois livros infantis dela, que foram publicados no segundo semestre de 2015, e teve lançamento em Belém e no Rio de Janeiro. Os dois livros terão lançamentos em Brasília também, no dia 15 de março, na Livraria Le Calmon, a partir das 18 horas. Os títulos são ''A Menina Leitora'', e o meu favorito ''Um Quadro Pregado na Parede da Infância'', e eu vou aparecer por lá para cumprimentar a autora e tirar algumas fotos para a divulgação dos livros. 

  Em 2015 foi o lançamento do maravilhoso álbum ''A mulher do fim do Mundo'', de Elza Soares. O disco feminista é um samba pop com roupagem rockeira em várias músicas. Adorei as faixas ''Maria da Vila Matilde'' e ''Pra fuder''. Eu fui ver o show de lançamento desse disco, e Elza está ótima, Fui cumprimentá-la, mas infelizmente o momento foi rápido e eu nem sequer lembrei de fotografar. Quando se está ao lado de uma diva dessas, quem se lembra de foto, não é mesmo?! 



  E daqui poucas semanas eu me despeço com tristeza do Vinil Ilustrado. Sim, este blog vai acabar dentro de pouco tempo. O objetivo do blog é contar todas as histórias de shows, entregas de desenhos, entrevistas e viagens desde que conheci Rita Lee, até o meu tão almejado sonho que é ir a um show dos Rolling Stones. E finalmente fui a um show dos Rolling Stones no sábado passado no Rio de Janeiro, e amanhã viajo pra ver outros dois shows da banda em São Paulo. Estou dizendo isso na retrospectiva 2015, porque foi em dezembro de 2015 que eu consegui os ingressos. Passei a noite acordado com meus tios na fila virtual pra garantir o ingresso de São Paulo do dia 24 de fevereiro, e depois garanti os outros três. Tive ótimas histórias até chegar aqui, mas acho que é hora de dizer adeus. Aliás, não faria sentido algum continuar com o blog depois de ter alcançado o objetivo principal dele.

  

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Rock in Rio edição 30 anos

  Eu tenho uma pasta onde guardo todos os desenhos dos artistas que eu já conheci e entrevistei, tem colados ingressos de shows que fui, passagens de avião de turnês passadas e várias outras lembranças. Essa pasta enorme conta as histórias desde que comecei com esse hobbie, e segue até os dias de hoje. E a maior parte dessa pasta, e uma das histórias que eu tenho mais orgulho, está no registro de setembro de 2015, do qual eu fui ao Rio de Janeiro ver a edição de 30 anos do maior evento de música e entretenimento do mundo: Rock in Rio.


  Fui em dois dias de Rock in Rio: no dia 20 para ver o show de Elton John e no dia 27 para ver o show de A-ha e Katy Perry. Peguei o avião na manhã do dia 20, desci no Aeroporto do Galeão e fiquei hospedado na casa de Bianca e Beatriz, que foram comigo na turnê de Elton pelo Brasil em 2014. O line up do dia 20 contava com Paralamas do Sucesso, Seal, ELTON JOHN e encerrava a noite com Rod Stewart no Palco Mundo. Tinha várias outras atrações no Palco Sunset e na Tenda da Eletrônica. Vi um dos melhores shows de Elton John, e Sylvio que estava comigo apareceu na tevê várias vezes.



  O dia 27 foi bem mais agitado. As atrações eram pra um público bem mais jovem. No Palco Mundo teve Cidade Negra, Aluna George, A-ha e KATY PERRY encerrando a maravilhosa turnê Prismatic. Cheguei na fila cedinho pra pegar um bom lugar. Em todos os shows eu fiquei bem perto do palco, tendo uma visão privilegiada das apresentações





  Dei uma volta pelo lugar, tirei fotos em pontos interessantes, andei nos brinquedos do Parque, comprei várias coisas como camiseta, boné, caneca, copo etc, e conheci gente nova. Gente de toda parte do Brasil, que estava ali pra ver Katy Perry. E não era a toa, o show mais aguardado foi o dela, fechando o último dia do evento, e fechou com chave de ouro. A abertura do Palco Mndo é uma maravilha. Ao som da trilha da música tema do Rock in Rio e da música ''Bohemian Raphsody'' do Queen, sai fogos de todos os lados do palco, dando início aos shows. Mas os momentos mais bonitos da noite foi quando A-ha tocou ''Take on Me'', e quando Katy Perry tocou ''I kissed a girl''.




Na parte acústica do show, Katy Perry chamou uma fã chamada Raiane ao palco, e confundiu o nome dela com ''Raiaiaia''.


  Eu pensei que o Rock in Rio fosse um evento inacessível e caro. O ingresso de cada dia me custou apenas R$175 reais. O preço de um show qualquer aqui em Brasília. O transporte também foi barato, havia um ônibus no BRT que me deixou bem em frente a Cidade do Rock. E pra voltar também foi fácil e barato. As passagens em promoção, comprei por apenas R$230 reais ida e volta. E lá no Rio de Janeiro eu soube economizar, então posso dizer que foi uma viagem barata.
Na volta a Brasília conheci Carlos Vilaca, que também foi ao Rock in Rio para ver Katy Perry. Fomos a viagem toda falando sobre os detalhes do show.

  Eu filmei todos os momentos pra fazer um vlog: entrando no avião, chegando do Rio, curtindo os shows, andando pela Cidade do Rock...tudo! Esse material todo vai ser editado e vai ser início do meu plano de fazer desse blog um canal do YouTube. Espero que dê certo.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Los Três Amigos

  Provavelmente seus pais devem ter lido Los Três Amigos, ou alguma revista de Angeli, Laerte ou Glauco. Depois da revista O Pasquim, esses três foram os pioneiros dos quadrinhos no Brasil e venderam mais exemplares que qualquer outro cartunista. Se você ainda não conhece, vamos com calma, apresentando cada um deles. 

  Angeli é conhecido por ser o cartunista brasileiro mais irreverente. Robert Crumb perde pros personagens dele. Angeli tinha a revista ''Chiclete com Banana'', nos anos 80, com histórias de sexo, drogas e um estilo de vida alternativo de São Paulo na época. Depois da Chiclete com Banana, algumas obras de mais sucesso de Angeli foram publicadas em coleções de livros, com recorde de vendas nas livrarias. Em 2006 o diretor Otto Guerra decidiu fazer um filme dos personagens mais famosos de Angeli: os hippies undergroung Wood e Stock. O desenho tem a trilha sonora de Tom Zé, Rita Lee, Júpiter Maçã, Raul Seixas e outras personalidades da música hippie underground. E a personagem Rê Bordosa foi dublada pela cantora Rita Lee. O filme completo está nesse link:

  Rê Bordosa foi a principal personagem de Angeli. A que trouxe um público enorme para ele, a que vendeu mais exemplares, e quando suas tiras foram reunidas num livro, foi o livro que mais vendeu no ranking de algumas livrarias. 


  Desde então Angeli tem seus trabalhos publicados na Folha de São Paulo, e em 2012 seus trabalhos foram reunidos na exposição Ocupação, em São Paulo. 


  Laerte Coutinho é o meu favorito dos três. Meu cartunista favorito de todos, aliás. Nos anos 80 ele tinha as revistas ''Striptiras'' e ''Piratas do Tietê'', que venderam tantos exemplares quando a ''Chiclete com Banana'', do qual ele também fazia algumas participações. Laerte já foi nomeado o maior desenhista do país, e seus livros são como verdadeiras obras cinematográficas. Inclusive uma de suas histórias virou um filme, com uma produção fantástica. 

  Em 2010 ao lançar o livro ''Muchacha'', Laerte chocou o Brasil ao se assumir ao crossdressing e dizer abertamente em uma entrevista: ''Sim, eu sou um travesti!''. Laerte deixou o cabelo crescer, aderiu a vestimenta feminina e com isso ficou exposto na mídia cada vez mais. De 2012 pra cá, Laerte é entrevistado nos principais programas de entrevistas e foi capa de várias revistas do país. 




  Em 2014 Laerte ilustrou o livro ''Storynhas'', de Rita Lee, e foi no lançamento desse livro que eu me encontrei com ele, depois de alguns meses trocando Emails. 


  Hoje em dia Laerte apresenta seu próprio programa de tv, ''Transando com Laerte'', no Canal Brasil da tv fechada, conversando com atores, autores e redatores sobre temas diversos e tabus. O que dá o toque especial do programa, é seu filho Rafael Coutinho desenhando, em algumas cenas

  O terceiro desenhista é Glauco. Eu não sei muito sobre Glauco, mas eu tenho um livro ótimo que reúne as tiras do Geraldão, considerado seu personagem principal. Glauco era dono de uma estranha seita espiritual que ficava na sua casa no interior de São Paulo, e em 2010 ele e seu filho foram assassinados por um um insano frequentador dessa seita. 



  Os três tem como marca registrada de seus trabalhos as páginas cheias e bem detalhadas de pornografia, filosofia, estórias engraçadas. Se reuniram para desenhar juntos ''Los Três Amigos'', que são estórias deles mesmos vestidos de mexicanos, e que se transformou num clássico da literatura brasileira. Recentemente foi lançado o livro ''Três Mãos Bobas'', que tem estórias desenhadas pelos três juntos. 

  Eles três fizeram parte da minha adolescência, e eu tenho um acervo com a coleção completa das revistas deles, vários recortes de jornais das tiras de Angeli e Laerte, revistas e jornais com matérias sobre eles e livros Pockets dos três: 









  Sempre quando me pedem opinião sobre quadrinhos, eu recomendo os três, e se você quiser algum livro deles emprestado, é só me pedir que eu empresto. 

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Tudo é perigoso, tudo é divino maravilhoso

  Gal Costa veio a Brasília há uns dois anos atrás para o show ''Recanto'', e eu tive a sorte de poder assistir ao espetáculo, com um ingresso me dado de presente assim, de última hora. No último dia 11 de dezembro ela voltou para o show ''Estratosférica'', em divulgação do novo disco, que está na lista dos melhores álbuns brasileiros lançados em 2015.



  Não é de menos. Assisti o show na primeira fileira, arrepiado com o espetáculo. Gal fez um show com músicas novas. Apenas um clássico ou outro que já estamos acostumados a ouvi-la. Mas nada como ''Divino Maravilhoso'' e ''Vapor Barato'', que ela preferiu tirar da SetList por alguma razão. Ouso dizer que na minha opinião, a melhor música foi um canto de Acauã, que ela fez com uma iluminação fantástica, segurando um instrumento que eu não sei o que era. Eu filmei algumas partes do show, mas não essa parte, que eu estava hipnotizado assistindo. 







  Gal foi agradável e brincalhona com o público, respondendo os gritos da platéia: ''CASA COMIGO GAL'' ''-Eu não tenho mais idade pra casar não, querido''. ''TOCA MAIS UMA'' ''-Mais uma? Eu já estou cantando a quase duas horas. Agora só falta o bis pra gente ir pra casa dormir''.



  Lá no show eu encontrei Francisco. Um amigo, dono de um perfil no instagram em homenagem a Caetano Veloso, que me deu um ingresso pra ver Caetano no início do ano. Mais tarde, em 2015, encontrei Francisco também nos shows de Bethânia e Gil e Caetano.

  Por um desencontro, eu não consegui conversar com a Gal depois do show. Conversei apenas com os músicos e produtores dela, que são muito gentis e simpáticos. Quando cheguei em casa, o perfil oficial de Gal Costa havia curtido várias fotos minhas no instagram, olha que honra. 
  Eu não levei um desenho pra Gal naquela noite, e talvez tenha sido por isso que não consegui falar com ela lá. Na semana passada, aprendendo a usar a mesa digitalizadora pelo Photoshop, eu fiz um desenho de Gal Costa e enviei pra ela. Ela adorou! Me dê sua opinião sobre: 

  Com o show da Gal Costa em dezembro, eu fechei 2015 com o ''ano da Tropicália'', sendo o ano em que eu fui em todos os shows dos principais artistas do tropicalismo. Isso porque no réveillon de 2014 para 2015 eu pedi muita luz em forma de cultura viva.