quinta-feira, 6 de agosto de 2015

On the road again

  Fevereiro de 2014. O mês mais intenso do ano pra mim. Em um prazo de mais ou menos duas semanas eu passei por quatro cidades com boas histórias pra contar sobre cada uma delas. Fui para o Rio de Janeiro e Goiânia para ver os shows da turnê ''Follow the Yellow Brick Road'' de Elton John. Em seguida embarquei para São Paulo para ver o lançamento do livro ''Storynhas'' de Rita Lee e Laerte Coutinho. Tendo acabado de chegar de São Paulo não desfiz a mala e fui com amigos direto para Aruanã, uma cidadezinha no interior de Goiás que fica na divisa com Mato grosso, para comemorar o carnaval.
  Foi tudo ótimo, mas como nem tudo são flores, aconteceram coisas ruins que me fazem lembrar com certa tristeza disso tudo. Na volta de São Paulo para Brasília eu perdi o voo, e tive que arcar com uma fortuna e voltei de ônibus, fazendo uma viagem longa e cansativa. Entre uma viagem e outra, eu não conseguia dormir por falta de tempo e ansiedade, e ficava cansado no dia seguinte, não conseguindo forças pra aproveitar melhor o dia, então fiz uso de cocaína algumas vezes para me manter forte e ativo entre Rio e Goiânia e depois de Brasília para São Paulo. Usei de novo na volta de São Paulo e mais tarde, semanas depois que as viagens acabaram, eu tive sérios problemas com a droga. Sendo magro e vegetariano, a droga detonou meu organismo, me fazendo perder peso e ter problemas pra raciocinar. A abstinência era tão grande no meu auto controle contra a cocaína, que eu sentia fortes dores de cabeça e voltei a usar a droga várias vezes depois. Precisei de ajuda, mas consegui me livrar da droga sem nenhuma sequela, e hoje em dia faço exames e me trato regularmente.
  Ter feito essas viagens só apurou meu desejo de independência e liberdade. Ter vencido uma droga ilícita que mata muita gente só me provou que é preciso muito mais pra conseguir me derrubar, pois vaso ruim não quebra. E apesar de qualquer aprendizado, essa viagem foi pra me mostrar a cima de tudo, aquilo que eu já tinha certeza, mas precisei pegar um avião pra comprovar: o Rio de Janeiro continua lindo!


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