sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Following the Yellow Brick Road

  Vocês têm que conhecer Sylvio Edgard! Qualquer dia eu lhes apresento, mas deixa eu falar sobre ele antes: Sylvio tem 53 anos e é o maior colecionador do Elton John da América Latina. E não sou eu que estou dando o título não, Sylvio é reconhecido até internacionalmente pelo grande colecionador que é. A coleção de mais de 3 mil itens ocupavam dois quartos e a dispensa da casa dele, e hoje a coleção é tão grande que ocupada a casa toda. Quadros, pastas com recortes de revistas e jornais, coleções completas de discos do Elton ocupam várias prateleiras do chão ao telhado, caixas com brinquedos, canecas e outros objetos com a imagem de Elton, caixas com revistas sobre Elton, CDs e DVDs, armários com camisetas de turnês, caixas de whiskys importados de Elton...muita coisa mesmo, e tudo arquivado, em ordem alfabética ou cronológica pra ter um fácil acesso. Sylvio não perde um show de Elton no Brasil, e quando o astro pop faz turnê aqui Sylvio passa por todas as cidades. Em uma delas em 1996 no Rio de Janeiro, Sylvio levou flores para Elton e ele o chamou no palco. Imagina que emoção seu maior ídolo te chamar no palco durante o show.



  Em fevereiro de 2001, no aniversário de Sylvio, ele foi ver um show de Elton John em Las Vegas, e finalmente conheceu seu ídolo. Elton e Sylvio conversaram no camarim antes do show, e Elton dedicou uma música para Sylvio durante o show, e o Fantástico acompanhou tudo em uma matéria no programa. Não está acreditando? Pois eu revirei as coisas de Sylvio, recuperei essa matéria e pus no YouTube:


  Pois bem, exatamente treze anos depois nos preparávamos para mais uma turnê de Elton em comemoração aos 40 anos do álbum ''Goodbye Yellow Brick Road''. Acordei cedinho, tomei café da manhã e fui para o aeroporto rumo ao Rio de Janeiro. Cheguei no aeroporto Tom Jobim no Rio meio dia, almocei uma comida orgânica deliciosa e fui para a casa de uma amiga que eu considero como tia. A noite, já atrasado eu me arrumei e fomos para o HSBC Arena, onde foi a primeira apresentação de Elton. Pegamos engarrafamento e demoramos pouco mais de uma hora pra chegar no local. Quando eu cheguei, Sylvio já estava lá, e Elton já estava no final da primeira música. A poltrona de Sylvio era mais a frente do palco que a minha. Procurei meu lugar, sentei e assisti a um show maravilhoso. 




  Mas bom mesmo foi o show de Goiânia. Isso mesmo, voltamos pra Brasília e em seguida fomos de carro para Goiânia pra assistir o segundo show da turnê. Sylvio e eu saímos de Brasília às 5 horas da manhã e chegamos no Ginásio Gyn às 7 horas da manhã. O Ginásio não tinha lugar marcado, por isso precisamos chegar tão cedo para sermos os primeiros da fila e pegar o melhor lugar possível. O Ginásio também não tinha cadeiras pra sentar, e eu achei ainda melhor, porque ver o show em pé dá uma adrenalina e uma emoção ainda maior. 

  Conforme a gente ia esperando, os outros fãs iam chegando. Gente maravilhosa do fã clube: Ana veio de Minas e também não perde nenhum show de Elton no Brasil, e estava seguindo a turnê toda. Valéria também é uma fanática de Minas e estava acompanhando Ana na turnê. Bianca e Beatriz são irmãs e foram do Rio para Goiânia pra ver o Elton de pertinho. Lá estávamos nós, os primeiros fãs a chegar na fila, conversando, comendo e se conhecendo melhor. 

Eu não podia deixar de desenhar todo mundo junto né?!

  Era por volta de três horas da tarde quando Bia e eu fomos dar uma volta pelo Ginásio e encontramos uma porta aberta, onde estavam descarregando coisas para o camarim de Elton: plantas, sofás... entramos de penetra e vimos o Ginásio todo por dentro. O palco sendo montado, os técnicos testando o som, e fomos andando em direção ao backstage até que entramos em um depósito e a grande surpresa: lá estavam todos os instrumentos da banda de Elton: guitarras, equipamentos, tudo. A saída estava bem na nossa frente e não tinha nenhum segurança por perto. Podíamos roubar os instrumentos se quiséssemos, mas aí não teria show, então fotografamos, lambemos os instrumentos e saímos de lá realizados. 

  Os portões se abriram por volta das 16hs se não me engano. Demos entrevistas para canais de televisão e jornal da cidade e fomos capa da G1. Fomos os primeiros a adentrar o Gyn e grudar na grade, bem de frente pro palco, bem de frente para o piano. Eu levei um desenho enorme para Elton. 


  Elton entrou no palco às 21hs, sempre respeitando sua pontualidade britânica e eu realmente não me lembro com que música ele abriu o show. Eu acho que foi ''The Bitch is Back''. Foram as duas horas mais felizes da terra. Cantamos a SetList de cabo a rabo, e eu me empolguei mais na hora que Elton cantou minhas duas músicas favorita: ''Saturday night alright for fighting'' e ''Crocodile Rock''. 



  Pouco antes do bis, aconteceu o sensacional. Eu levantei o desenho para Elton e ele pegou. Autografou o desenho e devolveu. Bia ganhou uma palheta escrito ''Elton John Band'' do guitarrista usada por ele durante todo o show. Elton reconheceu Sylvio e autografou uma placa que ele tinha levado. O ginásio lotado aplaudia e gritava de pé. 


  Depois do show fomos comer algo numa lanchonete próximo do Ginásio, e as meninas foram pro hotel. Sylvio e eu voltamos pra Brasília, no dia seguinte ele foi pra Fortaleza bem cedo para o terceiro show da turnê e eu fui para São Paulo pra ver o lançamento do livro de Rita Lee para qual fui convidado.


  A minha música favorita ''Crocodile Rock'', que eu citei a cima, Elton cantou no programa dos Muppets nos anos 70. O programa não existe mais, mas eu adoro os episódios gravados, e essa apresentação é a minha favorita:

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