terça-feira, 21 de julho de 2015

Depois da meia noite nós acendemos as luzes da cidade

  02 de setembro de 2013, o dia que conheci a irreverência, o talento, o charme e a simpatia em forma de Rock and Roll. O dia que conheci Dinho Ouro Preto.
  Difícil ouvir falar de algum rockeiro alternativo de Brasília que nunca foi em um show do Capital Inicial. Por muito tempo, Capital foi o que tivemos de mais acessível na cultura rock em Brasília. Capital tocava de graça em todos os eventos de rock na cidade. Mas esse foi diferente. Foi especial.
  Eu estava esperando pra ver Laryssa Gomes, uma amiga que se mudou pra Minas e veio visitar Brasília. Já falei dela aqui antes, no post da Banda mais Bonita da Cidade. Naquela noite teria show do Capital Inicial no Porão do Rock, evento que acontece todo ano em Brasília, e eu havia ganhado dois ingressos e chamei Laryssa pra ir junto. Mais cedo eu estava em um bar da Asa Norte com amigos, improvisei um desenho para Dinho ali, na mesa do bar, conversando e curtindo um samba ao vivo. Me encontrei com Laryssa e entramos no evento.

  Uma hora e meia de show e eu já estava morto de cansado. Dinho ainda pulava no palco como se acabasse de entrar. Duas horas de show e eu já não tinha mais voz, minhas pernas estavam fracas e Dinho ainda pulava de um lado para o outro do palco. Bolas infláveis gigantes iam pulando pelo público durante o show, e a minha parte favorita foi quando a banda tocou ''depois da meia noite''.

  O show acabou lá pelas 3 da manhã. Laryssa foi embora e eu fui sozinho ao Hotel Meliá pra ver se conseguia entregar o desenho que eu estava segurando durante o dia todo, para Dinho Ouro Preto. Foi uma maravilha, assim que cheguei na portaria do hotel, a van da banda estacionou e Capital Inicial desceram da van. Eu não esperei nem dois minutos lá em frente.

  Dinho ultrapassou minhas expectativas. Admito que esperava conhecer um cara ignorante e metido, mas me surpreendi. O cara que ensinou Brasília a essência do rock and roll e levou ao Brasil o estilo candando é um cara doce, simpático, atencioso. Um abraço forte, de quem é realmente agradecido ao fã.

  Passei a notar que dentre tantos, dentro de mim também havia um Dinho Ouro Preto. Alguém que por mais que passe uma impressão de um cara eufórico, rebelde e evasivo, tinha um abraço verdadeiro de gratidão, e te recebe muito bem quando você o chama.

                                        

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