O show foi simples porém sofisticado por ser Adriana Calcanhotto: sentada num banquinho, com a a perna apoiada numa pilha de livros e um violão. O copo d'água ao lado ajudava na gripe que ela havia contraído no dia anterior. Sem banda, Adriana mostrou ser capaz de fazer um espetáculo lindo sozinha. Ao entrar no palco já se desculpou com a platéia sutilmente: ''Peguei uma gripe ontem aqui em Brasília e estou com essa voz de Pato Donald. Pato Donald vestido de verde''.
Adriana cantou os maiores clássicos dela e poucas músicas novas também. Amy Winehouse também estava no repertório com a música ''Back to Black''. Na entrada do teatro tinha disponível encartes com informações sobre o show, que tinha o nome de ''Olhos de Onda'', e as músicas que ela ia cantar dentro.
Depois de uma hora e meia se esforçando pra cantar gripada, Adriana foi aplaudida de pé, e quando chegou pra frente do palco pra agradecer, eu aproveitei pra lhe entregar o desenho que eu levei. Ela sorriu, agradeceu e se retirou ao camarim. Houve um bis com mais duas músicas e o show acabou. Estava programado para eu conversar com Adriana depois do show, mas por causa da gripe, ela não podia atender ninguém e eu entendi. Adriana saiu do teatro rumo ao hotel se sentindo cansada.
Pra mim já seria difícil conversar com Adriana Calcanhotto no momento difícil que ela estava passando. Sua esposa havia falecido há alguns dias atrás, e eu sabia que a cantora andava sensível. Com essa gripe concluí que seria melhor mesmo conversar com ela em outro dia, uma outra ocasião. Ela me revelou que voltaria a Brasília em breve, então voltarei aqui com um post novo sobre essa mulher fantástica em breve.
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