O show começou às 22 horas e Caetano abriu a apresentação com a música que abre o disco ''A bossa Nova é foda'', e seguiu com as outras músicas novas. Uma melhor que a outra, incluindo os clássicos que todo mundo conhece ''De noite na cama'', ''Reconvexo'', ''Luz de tieta'', dentre várias outras:
No finalzinho do show, nas últimas três músicas, Caetano pediu que os seguranças tirassem os bloqueios da frente para que o público pudesse ficar mais pertinho do palco, e todo mundo avançou lá pra frente. Eu fiquei encostado no palco, exatamente no mesmo lugar onde vi Maria Bethânia dois meses antes. Fiz um vídeo bastante mal feito mostrando isso:
No final do show passei nos camarins para ver Caetano, e já tinham vários fãs lá tentando entrar. Contornei o teatro até ver Marcelo Calado, guitarrista de Caetano e eu mostrei o desenho que eu havia feito pra Caetano e ele me levou pra dentro do backstage.
Lá dentro fiz amizade com fotógrafos de importantes eventos de Brasília, os músicos da banda Cê que tocam com Caetano e finalmente pude bater um papo com Caetano Veloso, que me deu um abraçaço. Esse abraço me anestesiou pelas próximas duas semanas.
Fui pra casa com a sensação de missão cumprida: tudo o que não tinha dado certo da vez anterior em que eu tentei entregar um desenho para Caetano, se recompensou nessa vez. Um dos fotógrados da Upiano Eventos me parabenizou dizendo que não é qualquer um que consegue conversar com Caetano Veloso nos camarins depois do show, e Caetano gostou da minha presença lá. Por semanas fiquei repetindo o verso: ''Dei um laço no espaço pra pegar um pedaço do universo que podemos ver / com nossos olhos nuz, nossas lentes azuis, nossos computadores luz''.
Parabéns, gostei bastante de tudo!
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