Eu conheço um cara que faz obras geniais, sem esforço algum e revolucionou a linguagem em que se encaixa: os quadrinhos! Robert Crumb é um americano de 71 anos e desenha desde criança. Crumb é o maior clássico das HQs e lá lançou vários livros aclamados pela mídia. As estórias de Crumb não são complexas, metafóricas e nem roteiros de filmes. Na verdade Crumb desenha casos de sua adolescência, suas fantasias sexuais, sua libido e cartoons, com um traço retrô.
Crumb tem um ótimo gosto musical, e como um grande fã de Jazz, lançou um livro só com álbuns e artistas de Jazz clássico. Lançou um livro com histórias de sua adolescência e outros HQs sexuais. Aliás, é difícil encontrar um livro de Crumb que não tenha desenhos de sexo, nudez e masturbações. Na verdade, sua obra quase inteira é sexual. Crumb pensa em sexo sempre que desenha e passa tudo isso pro papel de forma genial. Crumb encontrou no sexo a sua fonte de inspiração e achou o caminho para a genialidade.
Desde os 14 anos, quando um vizinho meu me apresentou os livros de Crumb, eu passei a colecionar todos. Você encontra esses livros nas melhores livrarias e até mesmo em sebinhos às vezes. Coleciono matérias de jornais sobre ele, livros antigos, trabalhos novos, cartoons de época, produtos lançados com seus desenhos.
Crumb virou uma inspiração pra mim, e eu me identifico com ele, desde os desenhos dele até sua aparência. Crumb é um cara magro, de óculos redondinhos e chapéu. Qualquer semelhança comigo é mera coincidência.
Por muito tempo na minha adolescência e até hoje, meus melhores desenhos e HQs são algo sexual, cheios de estórias de libido e desejos, com corpo feminino nu. Por isso eu, mais do que qualquer outra pessoa, entendo o que se passa na mente suja de Robert Crumb.
Nenhum comentário:
Postar um comentário