sábado, 22 de agosto de 2015

E porque quando você me abraça o mundo gira devagar

  Dia 30 e 31 de agosto de 2014, mais uma edição do festival Porão do Rock, que acontece anualmente em Brasília com várias bandas de rock famosas e apresentando bandas novas também. Nessa edição, Pitty volta a Brasília depois de quatro anos, com a banda Agridoce. Na mesma edição também tocaram Jota Quest e Nação Zumbi e no segundo dia do festival a estréia de um show novo dos Titãs e trazendo também a banda americana Cavalera. 

  Por meus bons contatos, eu consegui ingressos para os dois dias do festival na área vip para ir com Angelique, e guardei dentro da capinha do celular. Logo depois do almoço fui assaltado e perdi o celular com vários arquivos de shows que eu tinha ido e fotos com artistas que entreguei desenhos, mas como eu nunca tinha feito um backup de tudo, perdi pra sempre. Foi com o ladrão filho da puta também os ingressos. Mas vendo pelo lado bom: se o ladrão não tivesse me roubado, eu não teria conhecido tanta gente maravilhosa e bocas que eu viria a beijar depois. 

  Angelique e eu fomos ao show assim mesmo, e lá compramos ingressos que não eram na área vip, mas era de um setor legal que deu pra ver o show de perto e de um ângulo legal. Mas ficamos no meio da multidão, o que eu acho que deixou Angelique um tanto desconfortável. Nesse setor que ficamos eu conheci gente nova. Gente que hoje tenho muita amizade, amor e sexo. Pitty entrou no palco por volta das 2 horas da manhã e como tava muito calor, uma grande parte do público tirou a camisa e girou pra cima. Abraços e beijos rolaram, e Pitty reagiu contente com a cena que estava vendo. 

  Duas horas de rock pauleira depois, fomos para o Hotel Meliá pra eu conseguir entregar um desenho pra Pitty. Não que eu seja tão fã da cantora, mas eu precisava de histórias novas e empolgantes pro blog, e como Pitty havia acabado de lançar um trabalho novo e estava fazendo sucesso nas rádios, eu vi que repercutiria muito se eu conseguisse uma foto ao lado dela. 


  Éramos em 5: minha irmã que também estava no show com dois amigos, Angelique e eu. Ficamos passeando pelo hotel, lendo pelo saguão, esclarecendo coisas, conversando, cochilando um no colo do outro, lanchando no posto em frente. Até encontramos por acaso Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest saindo hotel por volta das quatro da madrugada. 

  De manhã cedo, por volta das 6 horas, Pitty finalmente desce do prédio pra dar volta com seu produtor. Com a cara bem cansada e semblante de mal humor, com a mesma roupa do show, Pitty corre pra não ser vista e fui eu que a vi passando driblando a gente. Fui atrás dela e pedi uma foto. Ela ignorou, fingiu que não ouvia e apressou o passo. Depois, quando minha irmã apressou o passo para acompanha-la e pediu a foto, ela cedeu. Eu não sei quem era aquele homem que estava junto com ela e deduzo eu que era produtor, mas o que importa saber é que era um cara muito bacaca. Quando eu escrevi isso no blog antes, recebi notificações e reclamações, mas eu não ligo em dizer: o cara era otário e se achava demais. Mas eu consegui o que eu queria: entregar um desenho pra Pitty e registrar que a missão foi cumprida. 

  Isso de fato repercutiu bastante, e não fez com que eu gostasse menos da cantora. Alguém inspirada em Rita Lee só poderia fazer obras tão geniais quanto as dela, e afinal, Pitty criou uma obra tão genial que é trilha sonora da minha vida e da de tanta gente também. Ela cantou o que muita gente tem vontade de falar: ''E eu acho que eu gosto mesmo de você bem do jeito que você é''. 

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