Cheguei no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, local que seria o show, uma hora antes do espetáculo e levei um desenho para Milton enrolado num papel. Fui para trás do Ullysses, e falei para o segurança que eu ido para o show mas havia chegado cedo demais, se eu podia usar o banheiro do backstage do teatro. Ele falou que era pra eu usar o banheiro comum, que fica dentro do teatro, mas pela frente dele. Eu só precisava mostrar os ingressos para os seguranças, entrar e usar o banheiro do salão enquanto esperava as portas se abrirem para o show começar. Menti e falei pra ele que eu já tinha ido lá, mas o salão estava trancado. Ele, desconfiado, abriu a porta do backstage e me apontou onde estava um banheirinho para funcionários. Me tranquei no banheiro, fiz xixi e depois fiquei olhando pela fresta da porta se havia algum segurança ou técnico por perto. Quando vi a barra limpa, sai do banheiro e adentrei mais o backstage. Passei pelos operários que estavam montando o palco, cumprimentei o técnico de luz, passei pelo técnico de som, driblei os diretores e cheguei no palco do Ullysses Guimarães, bem onde seria o show. Desci as escadas, andei por todas as poltronas e sentei em um lugar bem no meio das fileiras, escondido para que ninguém me visse. Fiquei lá trinta minutos, abaixado, com medo de ser percebido, até que abriram as portas do teatro e o público começou a entrar. Me levantei e sentei na poltrona. Esperei todo o público entrar. Uma hora depois, quando as luzes se apagaram e o show estava pra começar, fui lá pra frente do teatro e vi uma poltrona vaga na primeira fila. Sentei lá e vi o show bem na área vip. Milton estava maravilhoso e cantou todos os clássicos que eu esperava:
Passados quarenta ou cinquenta minutos de show, eu me levantei da poltrona e entreguei o desenho para Miltom, que gargalhou alto do palco, apertou minha mão agradecendo, fez um comentário sobre o desenho e seguiu com o show.
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